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Criminoso receberia R$ 4 mil do irmão pelo assassinato de Raquel Cattani, revela delegado

Assassino já tinha recebido R$ 1,5 mil adiantados do mandante para a compra de um carro e receberia o restante após o crime



(Foto: Reprodução/Montagem)


Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (25) sobre o feminicídio de Raquel Maziero Cattani (26), filha do deputado estadual Gilberto Cattani, o delegado Guilherme Pompeo, da Delegacia de Roubos e Furtos (DERF) de Nova Mutum (242 Km de Cuiabá) revelou que Rodrigo Xavier, assassino da produtora rural, receberia R$ 4 mil de seu irmão, Romero Xavier, para matar a ex-cunhada.


Segundo o delegado, tanto no momento em que foi preso em sua residência, em Lucas do Rio Verde (332 Km de Cuiabá) na noite de quarta-feira (24), quanto em seu depoimento na delegacia, em Nova Mutum, Rodrigo afirmou que receberia pela empreitada criminosa, enfatizando, nas duas ocasiões, que já tinha recebido R$ 1,5 mil adiantados do irmão e mandante do crime.


“Ele afirmou, categoricamente, que ele receberia 4 mil reais e, inclusive [o Romero] já tinha adiantado R$ 1,5 mil para a compra de um carro, e esse foi o pagamento que o irmão dele fez para cometer o crime”, relatou o delegado.


Questionado como a moto de Raquel foi parar no leito do Rio Verde, na zona rural de Lucas, e se o ex-cunhado assassino teve a ajuda de terceiros para ir do local onde jogou o veículo da vítima até sua casa, na zona urbana de Lucas, Guilherme Pompeo disse que a dinâmica pós-feminicídio ainda tem pontos a serem esclarecidos.


“É uma dinâmica ainda a ser confirmada. Conforme ele [Rodrigo] disse, ele fez todo esse trajeto, do [assentamento Pontal do] Marape, São José, Nova Mutum e Lucas”, garantiu Pompeo.


No entanto, o delegado asseverou que as informações prestadas pelo criminoso refutaram a hipótese do crime ser tratado como um caso de latrocínio.


“O que ele apontou é que ele chegou com essa moto em casa, dorme com esse veículo naquela noite e no outro dia ele dispensa no rio, o que sugere ainda mais que não foi um crime patrimonial, e sim um crime à mando do próprio irmão, que teve como objetivo matar a ex-esposa ‘usando’ o Rodrigo, demonstrando mais um indício de que o intuito dele [Rodrigo] não era roubar, e sim cumprir a ordem que foi dada a ele [por Romero], de matar [a Raquel Cattani] mediante o pagamento”, pontuou.


REAPROXIMAÇÃO MACABRA


Um fato que chamou a atenção da Polícia Civil durante o curso das investigações e coleta de depoimentos das testemunhas foi o fato dos irmãos Xavier, que segundo pessoas próximas, se mantinham distantes até pouco tempo atrás e se reaproximaram com o propósito claro de cometerem o crime, depois do pedido de divórcio feito por Raquel, a aproximadamente 2 meses.


Durante as diligências, os agentes foram até a casa de Rodrigo para colher seu depoimento. Na residência, os policiais viram um frasco de perfume feminino, que chamou a atenção da equipe.


Bastante nervoso e demonstrando inquietação com a presença dos policiais, quando questionado sobre o frasco, ele confessou que tinha pego na casa de Raquel e que era ele o assassino da filha de Gilberto Cattani.


Além do frasco de perfume, que pertencia a vítima, os policiais encontraram outros objetos, entre eles um cinto e uma faca que também pertenciam a produtora rural.


Horas antes, Romero, mandante do crime, foi preso em Nova Mutum, na propriedade onde ele morava, no assentamento Pontal do Marape, local do crime.


CARREIRA EM ASCENSÃO


Raquel tinha 26 anos e era empreendedora do agro. Recebeu prêmios por produzir dois dos melhores queijos do mundo, sendo a primeira produtora de queijos artesanais da história de Mato Grosso a participar de um concurso mundial e trazer dois prêmios de renome para o estado.



(Foto: Reprodução/Montagem)



Fonte: Ari Miranda/Única News

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